Daà que depois de passar alguns meses falando “mamãe”, “papai” e “gato” e se comunicando muito bem só por gestos na véspera de fazer 1 ano e 5 meses algo fez *click* no cérebro da Carmen e ela começou a pegar o jeito nesse negócio de falar 🙂
Foi numa quarta-feira de manhã. Eu estava preparando um pão com mortadela na chapa tradicional pro café da manhã do Rafa (nós temos um acordo, durante a semana eu faço o café pra ele, no finde ele faz o café pra mim) quando Carmen vem filar mortadela como todas as manhãs. Eu olho pra ela e pergunto “quer mortadelinha?” E ela fala “qué!” e faz que sim com a cabeça, sorrindo, enfática. Ver sua bebê de repente entender o processo da fala e que ela tem a capacidade de responder verbalmente uma pergunta, dizer o que quer e SER COMPREENDIDA é muito emocionante, cara.
Desde então, todo dia é uma palavra nova. É um processo interessantÃssimo. Porque ela começou a dizer aquilo que quer e não quer e a escolher e a participar e a definir esse querer. Há um mês mais ou menos ela entendeu os sons de S. Passou a apontar para as coisas e falar “esse, essa”. E aprendeu a falar “desce” quando desce escada. Daà evoluiu e em um mês entendeu que “desce” serve pra escada, pra descer da cama, pra pedir pra descer do colo. Agora está aprendendo a combinar sons. Os gatos são “Bishi” (Bit), “Báishi” (Byte) e a Pepê é pepê mesmo rs… Mas ela entendeu que os gatos têm nome, um pouco depois de começar a se ver em fotos no colo do Rafa e apontar dando gritinhos de felicidade: “Papaiiii… Cacá”. Ontem enquanto brincava com a minha boca aprendeu a falar “dente”. Notei que ela talvez fale Bishi e Baishi por causa do meu sotaque carioca rs… Sai Bitxi e não Bit, né? Ela estava falando dênchi, daà me forcei a pronunciar o T. E ela SABE o T, saiu direitinho hahaha!
Ela também se reconhece no espelho. É vaidosa, se eu coloco uma roupa diferente, vai pra frente do espelho, se namora, se manda beijo, fala com a imagem “Cacáááá….”, dá risada… Eu acho que é o marcador mais intenso que ela se entende como uma pessoa.
E tem pouco mais de uma semana que ela aprendeu o “não”. No começo ela falava “não”, mas não significava o “não”. Foi explorando onde ele cabia, onde funcionava. A parte de cortar o coração é ouvir ela chorando “não, mamãe!” quando preciso dar remédio na marra. E ela é sapeca, quando *sabe* que está fazendo arte ela mesma faz “não” com o dedinho, fala “não” e dá uma risadinha, como quem diz “já sei que não pode, viu?”
Tem dias que eu olho para essa menina cheia de vontades e fica difÃcil ver a minha neném. E quando eu acho que não tem mais nada de bebezica nela, ela resolve engatinhar pela casa só pra me fazer achar graça dela imitando gato e me fazer rir <3
Que lindo isso, Lanika!
É uma coisa doida vê-los virando eles mesmos, né?
Esses dias abri por acaso um vÃdeo que fiz no celular da Maria chorando, com poucos dias de vida. Um chorinho tão lá de longe, que me encheu de saudades.
Parabéns pela sensibilidade e compreensão deste momento.
Beijo enorme!
Parabéns pelo blog, está muito bom. Queria deixar uma dica. Para informacoes sobre famÃlia, gravidez, saúde do bebê, nutricao e muito mais, acesse o Let’s Family. =) Beijao