39 semanas… a semana mais longa da minha vida!

Sabe o nível de stress das semanas anteriores? Piorou, e muito.

Semana passada eu entrei para o seleto clube das mães que têm um alarme falso. Quinta fui na obstetra para confirmar que tinha começado a queda do tampão mucoso durante o Carnaval, ela fez um toque e disse que eu estava com 2 dedos de dilatação. Fui pega de surpresa. Estava sentindo cólicas leves, mas nada de contrações. E ela disse que eu provavelmente teria a Carmen naquele final de semana. Mas péra aí, eu não tinha nem completado 39 semanas ainda e o Gabriel nasceu com 41 semanas. De repente minha gravidez, que vinha evoluindo dentro do esperado, ia adiantar e eu poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento? Peguei um taxi ao invés de voltar de ônibus e fui pra casa com a cabeça girando. Chamei o marido. Por causa do exame de toque, as cólicas ficaram mais intensas e eu passei o dia inteiro monitorando para ver se ia ter alguma contração e… nada. Mas eu tô com cólica, né? Vai que engrena. O que aconteceu na sexta é que as cólicas passaram. Como, aliás, é comum acontecer depois de um exame de toque: dói, machuca, dá cólicas e depois para. Mas a obstetra tinha certeza, né? Toca a esperar.

Esperei sexta e sábado, fiz 39 semanas de gravidez, esperei a mudança da lua, esperei qualquer sinal de mudança e continuo esperando. Absolutamente nada de evolução. O pior é que, como a obstetra tinha dado tanta certeza de que a Carmen nasceria este final de semana, não só eu fiquei na expectativa, mas todo mundo ao meu redor. E… nada.

Eu faço 40 semanas de gravidez sexta-feira, eu nem cheguei à data provável do parto ainda, e tudo ao meu redor já está como se eu estivesse carregando um bebê pós-termo. NÃO ESTOU, PORRA. Eu queria passar essa última semana trancada dentro do quarto, escondida debaixo do edredon, sem falar com ninguém, sem ser cobrada por algo que não aconteceu. Impossível. Eu quero torcer o pescoço da obstetra por ter me dado esperanças, por ter feito marido, filho, papagaio e periquito despencarem de SP para Curitiba para ficar comigo antes do tempo previsto, mas a culpa também é minha por ter acreditado.

O parto do Gabriel foi pós-termo, mas foi bem menos acompanhado, então havia a pressão insuportável e a contagem do tempo (“se passar mais uma semana vamos fazer uma cesárea”) mas nem de longe se compara com o stress de agora, eu não tive “ensaio” antes, um belo dia eu comecei a sentir contrações e pronto. Agora, tudo que eu consigo pensar é que quero entrar em trabalho de parto logo de uma vez para que a Carmen nasça logo e me deixem em paz, além da vergonha do alarme falso.

Sei que não sou a primeira nem a última mulher a passar por isso, mas as coisas poderiam ter sido diferentes. Não sei quem eu mato primeiro, mas amanhã lá vou eu com um quilo de frustração para o consultório da mesma obstetra. Me serve bem por ter ignorado a minha intuição.

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