Tradições de família

Minha família não tem nenhuma tradição ligada ao nascimento de um bebê. No máximo “criamos” algumas tradições pelo fato da minha mãe ter guardado algumas peças de roupa minhas e do meu irmão, que foram usadas pelo Gabriel e agora serão usadas pela Carmen. Talvez ajude o fato de que meus avós morreram cedo e minha avó portuguesa que morreu na minha adolescência não era a pessoa mais legal do mundo, para ser educada.

Carmen, por sua vez, tem uma bisavó viva por parte do pai e as tradições de família desses descendentes de italianos que foram parar na divisa de Minas com o Rio e depois foram para Curitiba estão tão vivas quanto a vó Maria. Eu acho uma graça (e um pouco triste para mim) quando meus sogros vêm falar com a maior naturalidade dessas tradições e eu faço cara de paisagem e eles têm de me explicar o que “tem de fazer” segundo a tradição.

Segundo a vó Maria, o primeiro banho tem de ser dado com uma toalha amarela para dar sorte.
Segundo o seu Wagno, a primeira peça de roupa que a criança vestir tem de ser feita de uma camisa do pai da criança (falei pro Rafa separar uma camiseta para fazermos uma camisetinha de pagão para a Carmen).
Segundo a minha cunhada Caroll, independente do que eu escolher para a saída da maternidade, a Carmen tem de sair usando os sapatinhos vermelhos para dar sorte.

É pouco, é o que me lembro agora, mas é gostoso ver esse carinho deles e esses pequenos rituais que marcam que minha filha é “parte da família e deve ser recebida como tal”, sabe?

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