Eu gostaria de matar com requintes de crueldade…

…a primeira pessoa que cunhou a frase “afinal, gravidez não é doença”. Certeza absoluta de que foi um homem, ou uma mulher que nunca teve filhos ou uma daquelas grávidas de comercial de margarina que nunca sentiram nada, nem uma gota de enjôo, vacas desgraçadas.

O problema do subtexto desta frase é que querem te dizer que o que você está sentindo é frescura e que você está usando sua gravidez como desculpa para fugir de alguma responsabilidade.

Foda-se se você tem passado o dia inteiro abraçada ao vaso num enjôo tão grande que não consegue nem pensar. Se você anda tão cansada que tá quase fazendo pole dancing invertido no metrô, é a desculpa perfeita para não te ceder o lugar.

E ainda tem o fator que se esquecem de contar pras mulheres que são mães de primeira viagem: sabe o seu sistema imunológico? Fez shut-down pelo período que durar a gravidez, para evitar que seus anticorpos ataquem o bebê. É por isso que se alguém espirrar perto de você, você fica resfriada. A melhor parte? Grávida não pode tomar anti-gripal. Bora curtir uma gripe tratada com os mesmos métodos das nossas bisavós: mel, limão, guaco, etc e rezar pra não virar pneumonia. Passou? Tudo bem, semana que vem você gripa de novo.

Bom, pelo menos essa questão eu resolvo esta semana: antes que a gripe que me deixou de cama por dois dias, passou pro Rafael e ameaça chegar ao Gabriel chegue de fato ao meu filho, tô levando a família inteira pra tomar vacina contra a gripe.

Agora só preciso arrumar um jeito de não tentar bater em quem não tem empatia NENHUMA nesta vida com grávidas. E de não querer mandar quem diz que ‘gravidez não é doença’ ir parir gêmeos sem anestesia pra ver o que é bom.

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